Doenças estranhas ou sindromarrítmicos, breves, em média de 100 ms. São clônicos. Os complexos, mais frequentemente, têm registro eletromiográfico de longa duração, mantido. São tônicos. Os tiques simples e complexos podem coexistir 9. O quadro clínico da síndrome de Gilles de la Tourette pode ser dividido em três categorias: tiques musculares ou motores, vocalizações e os chamados sinais acessórios 9. 1. Tiques motores: o termo "doença dos tiques" resume, adequadamente, a expressão clínica da afecção. Em princípio, ocorre em 100% dos pacientes. Shapiro e Shapiro1 6, quando contavam com 666 pacientes, referiram que assim estavam distribuídos: 80% na musculatura do olho, 69% na cabeça, 55% nos ombros e 36% com careteamento. 2. Tiques vocais: constituem o segundo grupo de sintomas indispensáveis ao diagnóstico. Também podem ser simples ou complexos. Os simples incluem a emissão de sons, tais como, "o limpar da garganta", grunidos, fungação. São exemplos de tiques vocais complexos a ecolalia, a palilalia e a coprolalia 9,16. 3. Sinais acessórios: 3.1 Tique sensitivo: definido como sensação somática nas articulações, nos ossos, nos músculos ou em outras partes do corpo. Sensações tais como peso, vazio, leveza, frio, calor, que induzem o paciente a executar um movimento voluntário para obter alívio1116. 3.2 Ecofilia: termo genérico para designar conjuntamente a ecolalia, a palilalia e a ecopraxia. Ecolalia consiste na repetição involuntária do último som, palavra ou frase de outra pessoa. Palilalia é a reprodução involuntária do seu próprio último som, palavra ou frase. Ecopraxia consiste na repetição involuntária de movimentos de outras pessoas 1 6. 3.3 Coprofilia: termo também genérico para designar a coprolalia e a copropraxia. Coprolalia é o uso de sons, palavras ou frases obscenas, involuntariamente. Copropraxia é a utilização involuntária de gestos obscenos 1 6. 3.4 Obsessões, compulsões e impulsões: a relação entre os distúrbios do comportamento e a síndrome de Gilles de la Tourette é controversa, principalmente, por questões básicas de conceito. O conceito destes três termos são, ainda, muito confusos. Para alguns autores, isto explica a alta percentagem de distúrbios obsessivos-compulsivos na síndrome de Gilles de la Tourette. Não há qualquer estudo adequado, comparativo, entre a frequência de sintomas obsessivos-compulsivos na síndrome de Gilles de la Tourette com grupos controles 1 6. Os critérios para o diagnóstico da síndrome de Gilles de la Tourette foram estabelecidos por Shapiro e Shapiro1 6, em 1986, baseados em 1210 pacientes. São os seguintes: 1.início na infância ou na adolescência; 2.tiques motores múltiplos ou sensitivos que induzem a movimentos tônicos voluntários; 3.um ou mais tiques vocais; 4.irresistíveis, mas podem ser suprimidos pela vontade, por segundos ou horas; 5.bastante variáveis em número, frequência, localização e em severidade; 6.devem perdurar por um período maior de um ano. Baseados nesses mesmos 1210 pacientes, Shapiro e Shapiro1 6 fizeram os seguintes comentários, a propósito da apresentação clínica: 1.idade: a média de idade de início é de 6,6 anos (99% apresentaram sintomas antes dos 14 anos); 2.sexo: bem mais comum no masculino, na proporção de 3:1; 3.padrão familiar: os tiques são mais comuns nos membros de uma mesma família do que na população geral; 4.ecofilia: ocorreu em 33% dos pacientes; 5.coprofilia: em 37% dos pacientes; ó.psicopatologia: altamente controversa; 7.fatores predisponentes: não há qualquer fator predisponentees ainda desconhecidos pelos médicos!
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